8 de abr. de 2011

O criador da galera do Quel Estrelo

Cê tá vendo este moço aqui em cima? É o Jules Morali. É isso mesmo! Este mulato com cara de felicidade é simplesmente o nosso criador. O nosso pai. E se ele anda assim tão sorridente é porque deve tá satisfeito com as criaturazinhas que ele pôs no mundo. E tem que tá mesmo! porque, se não estivesse, seria uma pai desnaturado, rê!rê!. Afinal de contas, ele é que é o mentor intelectual das nossas personalidades e das nossas aventuras. Gostou da expressão "mentor intelectual"? Foi ele que me ensinou a falar assim, porque ele vive dizendo que foi uma das maiores alegrias da sua vida ter tido a ideia de criar personagens infantis, que são caricaturas bem humoradas dos membros da família dele. Depois que eu nasci, ele me contou tudo tintin por tintin, e eu vou contar agora essa história pra você: quando ele nos desenhou pela primeira vez, ele morava em Brasília, no centro do país. Certa vez uma amiga pediu pra ele ilustrar um livro que falava sobre estrelas. Aí ele desenhou os esboços de crianças com cabeças estrelosas. Mas a ideia não foi adiante, porque o conto era sobre estrelas e não sobre crianças com cabeças de estrelas. Bem...mas aí ele não perdeu a pose, não! Ele me disse que por anos antes desse convite, ele já andava tentando retratar a sobrinha dele, a Raquel, ou melhor, a Raquelzinha. É que já fazia sete anos que ele estava fora de Belém do Pará, a cidade natal dele, onde a Raquelzinha morava e mora. E, morrendo de saudade da pequenina, ele resolveu aproveitar o personagem, fez alguns retoques e deu o nome de Quel pro recém-nascido, isto é, pra mim. Ele sempre me diz que eu sou a cara da Raquel: que eu sou esperto, super bacana, amável com os meus amiguinhos e que tô sempre disposto a ajudar quando eles precisam. E diz que por isso eu sou a estrela da turma. Bem...eu não sou tanto...Afinal, sou só o sósia de uma menina real que é a estrela da turma. Agora, o que me deixa mutcho, mas mutcho contente mesmo é fazer parte desta galera irada que mora aqui no bairro! E por falar neles, não seria legal saber como cada um foi nascendo? Claro que é Legal! Por isso, vou contar essas histórias aos poucos nos próximos encontros...